sábado, 28 de agosto de 2010

Sem nome, sem rosto, sem sentido.

Chamas!
Profanação!
Quem és tu que invade os mais pecaminosos dos sonhos meus?

Ontem me peguei pensando em ti.
Mas, não tinhas face.
Eras só uma sombra.

Clareza!
Excitação!

Postava-se como uma deusa.
Quem és tu para destruir a muralha que contruí?
Ontem queria mais.
Queria ver tua face e acariciá-la.
Queria sentir teu corpo entrelaçado ao meu.

Certezas!
Divagação!

Ao espelho, os reflexos.
Ao solitário, a solidão.

Aparecestes para causar discórdia.
Para pisar em um coração partido.
E agora volto pra realidade, sozinho, novamente.
Desgraçada.

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Das verdades

Batalharei pela existência do inexistente.
Usarei armadura e armas por proteção.

Retirarei meu arco deste peito inexequível.
Serei, pois, a última flecha que cruzará céu e noite.
Serás, tu, o alvo desta expedição, Deus.

Encontrarás meu corpo, desfalecido.
Verás minha pulsação desaparecer.
Culpar-te-ás desta desgraça anunciada.

Renascerei, então, das cinzas.
E na Pira, da renascença, encontrarás um texto.

Chorarás dias e noites.
Inundarás cidade e campo.
Então, em paz, o espírito vital descansará.
E todas as verdades, que um dia bradei para símios, estarão incólumes, num túmulo silencioso.

sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Drogas no divã


Nao olhe.
Não vire para trás.

Esqueça;
viva a presença.

Não queira.
Seja o condutor.

Sonhos, devaneios.
Realidade, preconceitos.

Sou o nada.
O nada sou.

Não toque.
Não chore.
Não seja - Ou seja.

Ansiedade.
Sê aquilo que és.

Anti-depressivos:
Salvação.